Sobre o Certo e sobre o Errado...
Já teve a sensação de que o mundo todo está na contra-mão da sua vida?
Somos donos de nossas vidas e temos o livre arbítrio para decidir o que nos é mais conveniente, mas o ser humano vive aprisionado às regras que surgiram com o tempo e que acabam aprisionando vontades e liberdades. Afinal, é possível ser feliz sem conseguir conviver com você mesmo, o seu EU verdadeiro? Este que você, inconscientemente, acaba aprisionando para poder acomodar sua vida às escolhas que você fez em determinado momento. Abrir mão de suas próprias vontades, de seus sonhos, seus objetivos particulares, de sua liberdade e, principalmente, de sua individualidade é tarefa difícil, porque é algo que você tem que praticar diariamente e, essa prática, depois de um certo tempo, acaba expondo a você mesmo o peso das suas renúncias. Quando o monstro sai do armário, ele nem parece tão assustador e você consegue domá-lo e mantê-lo sob controle; às vezes ele te incomoda mais, mas você sempre consegue fazer com que ele volte pro armário e pare de te incomodar. Mas o monstro é astuto e se alimenta dos seus momentos de fraqueza, de seus momentos de tristeza e de seus momentos de distração, quando você perde o controle por coisas mínimas e acaba fazendo delas reflexo exagerado das suas próprias frustrações.
Em determinado momento, você nunca se recorda quando, você começa a trilhar caminhos novos; novos na sua vida, não no mundo. A sensação de erro lhe persegue a princípio, incomoda seu coração... Mas à medida que esses novos caminhos vão se configurando como uma "válvula de escape", você vai se sentindo confortável e cada vez mais convicto de que suas escolhas, a partir de então, se transformaram em sua nova realidade. Aí vem a contradição: a vida, o mundo e a sociedade berram que é ERRO! Mas você, dentro do seu conforto, define como CERTO. Afinal, o que é certo e o que é errado? Fazer o certo é você fazer o que é bom para os outros ou para você mesmo? Claro, o óbvio é você conseguir conciliar a necessidade alheia com sua própria vontade, seria imbecilidade não deduzir isso. A meta é não deixar chegar no ponto do conflito: quando você tem que escolher entre abrir mão de você mesmo ou abrir mão do que esperam de você ou do que contam que você seja e faça. De frente para suas opções, qualquer caminho que você escolha é difícil e talvez sem volta. Percorrer o caminho é necessário, como se diz, mas muitas vezes você olha para trás e percebe que sua escolha foi errada ou, no mínimo, equivocada. A volta nem sempre é possível e, se essa for sua decisão, prepare-se: mágoas, decepções e tristeza talvez lhe recaiam sobre. A sua determinação em fazer do seu CERTO a sua verdade será o fio condutor de quem você optou por ser, sempre se lembrando que a chance que rejeitem esse novo ser no qual você se transformou é maior do que a aceitação.
Conviva com suas escolhas, decisões e opções e aceite as consequências que delas resultem. Só peça sabedoria para magoar e atingir o mínimo possível quem gosta de você e que haverão de não concordar com quem você decidiu ser.